Uma breve história do Tradicional Panetone

Existem várias lendas por trás das origens do panetone. Uma das mais fascinantes é que um padeiro milanês chamado Toni se apaixonou por uma linda mulher que passava por sua padaria todos os dias. Em uma tentativa de atraí-la para dentro e conquistar seus afetos, ele passou meses criando este pão perfumado de baunilha que chamou de ‘Pan di Toni’ (pão de Toni).

Quaisquer que sejam suas origens, o panetone agora é altamente apreciado em toda a Itália e no resto do mundo – principalmente como presente de Natal. Em temporadas festivas do Natal, a preparação começa a partir do final de outubro e filas e mais filas de panetones lindamente embalados adornam as janelas de delicatessens e padarias italianas.

Fazer um panetone na tradicional da receita italiana é um procedimento demorado. O processo pode levar vários dias, permitindo que os sabores amadureçam e a textura macia e distinta se desenvolva. Em seguida, é assado em fornos precisos com temperatura controlada e, logo após o cozimento, pendurado de cabeça para baixo para esfriar, o que estica o bolo quente, dando-lhe sua característica forma de cúpula.

Hoje em dia, você pode comprar todo tipo de alternativa aos tradicionais frutos secos e baunilha, como chocolate, café, coco e panetone com sabor de limoncello. Nas padarias italianas da época do Natal, você também encontra panetones com os mais variados tipos de salgados, desde o presunto e queijo até aqueles mais exóticos com carne e champignon.

No início do século XX, dois padeiros milaneses empreendedores começaram a produzir panetone em grandes quantidades para serem consumidos em toda Itália. Para o que o pão tenha o formato de cúpula alta que tem hoje, antigamente a massa era produzida de forma a aumentar três vezes e por quase 20 horas antes de cozinhar, dando-lhe sua textura leve e aerada agora muito familiar.

No final da Segunda Guerra Mundial, o panetone era barato o suficiente para qualquer um poder comprar e logo se tornou o principal doce de Natal do país. O panetone na Itália é apreciado com licor de cacau e se tornou uma tradição predominante nesse país.

Depois de fazer o panetone, ele ficará mais seco com o tempo, mas isso não significa que você ainda não pode comê-lo. Se estiver um pouco seco, é melhor aproveitá-lo mergulhado em vinho ou café. Mas se você for comer saindo direto do forno, uma fatia quente de bom e tradicional panetone não precisa de enfeite ou acompanhamento.

Um panetone caseiro é um presente especial. Embrulhe com celofane e amarre com uma fita grande. Uma pequena garrafa de Vin Santo, um doce vinho de sobremesa da Toscana, seria o acompanhamento perfeito.

As sobras raramente são um problema, mas se você tiver algum tempo para gastar, você pode usar o que restou do panetone para fazer um delicioso pudim de pão com manteiga e cubinhos de chocolate. Ou ainda, faça torradas de panetone e cubra com maple syrup, mascarpone e nozes (essa dica é imperdível!).

O panetone pode ficar conservado por várias semanas se você o envolver bem em celofane e colocá-lo em um recipiente fechado. Não é necessário colocar na geladeira.